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Odiolândia
Título
Odiolândia
Obra disponível em:
Autor/Autores
Página pessoal do autor (site, redes sociais etc)
Descrição da obra pelo autor
Odiolândia é um vídeo sem imagens que reúne comentários publicados nas redes sociais sobre as ações da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado na Cracolândia.O áudio foi extraído dos vídeos postados na Internet pelos participantes das ações na Cracolândia realizadas entre 21 de maio e 9 de junho de 2017. O título do trabalho nasceu do teor das mensagens postadas pelo público. Majoritariamente favoráveis ao tratamento policial da questão e ao uso da força e armas de fogo contra os dependentes, elas expressam também o desejo de ver as mesmas políticas aplicadas a outros grupos. Nordestinos, sem terra e gays são alguns dos seus alvos. Os comentários são apresentados na sua forma bruta, sem correções gramaticais ou adequações de estilo. A única interferência que faço é retirar o conteúdo eleitoral das mensagens. No fluxo dos textos despidos das imagens, desvela-se um tecido social contaminado pela cultura do ódio. A Cracolândia se expande, como se fosse uma lente através da qual podemos ler a cidade e o Brasil. Transforma-se no ovo da serpente… Como já pontuava Ingmar Bergman: “Através da fina membrana, pode-se ver o réptil inteiramente formado.” [Para Paula Beiguelman (em memória)] Odiolândia foi o projeto que realizei para a exposição São Paulo não é uma cidade: as invenções do centro, com curadoria de Paulo Herkenhoff e Leno Veras.
Ano de publicação/
2017
Publicada por
Propriedade intelectual
Acessibilidade
Disponibilidade
Dispositivos para acesso
Tipo de publicação (mídia)
Gênero
Técnicas de composição (Poética)
Procedimentos de leitura/interação
Programa/linguagem usado pelo autor
Requisitos técnicos
Sistema
Informação biográfica do autor principal (máx. 200 palavras)
Giselle Beiguelman (São Paulo, São Paulo, 1962). Artista, pesquisadora, professora universitária e curadora. Gradua-se em história na Universidade de São Paulo (USP), em 1984, e obtém doutorado em história da cultura pela mesma universidade, em 1991. Trabalha com criação e desenvolvimento de aplicações eletrônicas desde 1994. Na década de 1990, integra as equipes de implantação dos portais UOL e BOL e realiza pesquisa como bolsista vitae, com projeto na área de literatura e novas mídias. Através de seus projetos artísticos e de pesquisa teórica participa de numerosos eventos acadêmicos e exposições de arte e cultura digital no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Seus projetos foram apresentados em exposições como Net_Condition (1999) e Algorithmic Revolution (2004-2008), no Zentrum für Kunst und Medientechnologie (ZKM), Karlsruhe, Alemanha; no núcleo Net Art Brasil da 25ª Bienal de Internacional de São Paulo em 2002, com a Ceci n’est pas un Nike; El Final del Eclipse (2001-2003), na Fundación Telefonica, Madri e América Latina; Bienal de Sevilha (2008); na 3ª Bienal da Bahia (2014), realizada no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA); Unplace, na Fundação Calouste Gulbekian (2015); entre outras. Apresenta em 2016 as individuais Cinema Lascado, na Caixa Cultural de São Paulo, e Quanto Pesa uma Nuvem?, no Galpão Videobrasil. Seu trabalho aparece em antologias e obras de referência sobre arte digital como Yale University Library Research Guide for Mass Media e Digital Arts. Integra coleções de museus nacionais e internacionais como o ZKM, na Alemanha; a Coleção de Arte Latino Americana da Universidade de Essex, na Inglaterra; do Yad Vashem, em Israel; do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP); do Museu de Arte do Rio (MAR); entre outras. Como docente, participa entre 2001 e 2011 do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Ainda em 2011, se torna professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e coordena o curso de Design de 2013 a 2015. Orientadora de uma nova geração de críticos e artistas dedicados à tecnologia e à cultura digital, é autora e organizadora de diversos livros sobre o tema, com destaque para Link-se (2005), O Livro Depois do Livro (2005), Nomadismos Tecnológicos (com Jorge La Ferla, 2011) e _HTTPpix _HTTPvideo: Criação e Crítica nas Redes de Imagens (2011). Organiza festivais de arte digital e web arte, além de ter atuado como membro do comitê científico do International Symposium on Electronic Art (Isea, Paris) em 2000, e do júri do festival Ars Electronica (Linz, Áustria), em 2010 e 2011. Em seu currículo de curadora, figuram, entre outras, a exposição Tecnofagias (3ª Mostra 3M de Arte Digital, Instituto Tomie Ohtake, 2012), bem como a curadoria e a diretoria artística do Instituto Sergio Motta (ISM), entre 2008 e 2010. No ISM, atua na reformulação do processo de premiação do tradicional Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, bem como na criação de uma série de festivais on-line (HTTPVideo, HTTPTags, HTTPSom) que, concebidos e dirigidos por ela, se apropriam dos recursos das plataformas da Web 2.0 para criar espaços de disseminação de projetos experimentais e artísticos, possibilitando a incorporação de novos perfis de criadores para além dos circuitos tradicionais de universidades, galerias e museus. Atua também na formação de parcerias pela internacionalização da artemídia brasileira, como a realizada com o Instituto com o Ars Electronica (Linz, Áustria) e ISEA Ruhr, e co-organiza publicações como Apropriações do (In)Comum: Espaços Públicos e Privados em Tempos de Mobilidade, de 2009. É editora da seção Novo Mundo da revista on-line Trópico, no periodo de 2001 a 2010, e editora-chefe da revista seLecT, entre 2010 e 2014. (GISELLE Beiguelman. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <." target="_blank" title="http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6993/giselle-beiguelman>.">http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6993/giselle-beiguelman>. Acesso em: 05 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia).
A obra é resultado de transcodificação?
Não
Número de registro
rdlb0051